Cruzeiro do Sul, AC, 25 de novembro de 2024 11:38

Ex-tenista é confundido com ladrão e algemado em hotel de NY, diz jornal

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James Blake, ex-número 4 da ATP, nega que tenha sofrido racismo, mas condena atitude de policiais que, segundo ele, usaram força desnecessária na ação

James Blake chegou a ser número 4 do mundo e se aposentou em 2013 (Foto: Getty Images)
James Blake chegou a ser número 4 do mundo e se aposentou em 2013 (Foto: Getty Images)

O ex-tenista americano James Blake passou por uma situação embaraçosa nesta quarta-feira em Nova York. Hospedado em um hotel da cidade para acompanhar o US Open, onde também comentava os jogos para um canal de TV local, ele foi confundido por policiais que procuravam um ladrão de joias e chegou a ser algemado, segundo o jornal Daily News.

– Foi definitivamente assustador e doido – disse Blake.

Segundo relato do ex-tenista, o caso aconteceu por volta do meio-dia em frente ao seu hotel, quando ele esperava um carro para se dirigir ao Flushing Meadows, local onde acontecem os jogos do US Open. Foi quando cinco policiais vieram em sua direção, o algemaram e o imobilizaram com o rosto virado contra o chão. Blake informou que os policiais eram todos brancos, mas disse não acreditar ter sido um caso de racismo.

– Eu não sei se é tão simples assim (sobre racismo). Para mim, foi simplesmente um uso desnecessário da força policial, não importa a minha raça. Na minha cabeça, provavelmente o fator raça pode estar envolvido, mas não importa, não há razão para acontecer isso com qualquer pessoa. Você pensa que eles vão dizer ‘Ei, nós queremos falar com você. Estamos procurando uma coisa’. Eu estava apenas parado ali, não estava correndo. Foi um acontecimento desnecessário – explicou.

Depois de cerca de 15 minutos em que esteve imobilizado, os policiais perceberam que tinham pego a pessoa errada e se desculparam com ele. Porém, o oficial que o algemou não disse nada, nem se desculpou, segundo Blake. O ex-jogador ainda disse que espera um pedido de desculpas formal do Departamento de Polícia de Nova York e gostaria que houvesse uma repercussão com os policiais envolvidos, para que “eles saibam que não é legal fazer isso novamente”.

Por GloboEsporte.comNova York, EUA