Por Cássia Veras
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em parceria com o Centro Especializado em Reabilitação III (CER III), retomou a realização do exame Bera com sedação, nesta terça-feira, 4, no centro cirúrgico do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into/Acre), em Rio Branco.
O exame Bera, também conhecido como Peate ou Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico, avalia todo o sistema auditivo, verificando a ocorrência de perda auditiva, que pode acontecer devido a lesão na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico.
O procedimento é imprescindível para auxiliar no diagnóstico de patologias raras e de algumas alterações no neurodesenvolvimento. Com a retomada e a realização de mutirões, a expectativa é que a demanda reprimida para o exame diminua. O público-alvo são crianças que estão em tratamento no CER III.
“Sabemos da nossa demanda represada e que o serviço precisa ser fortalecido. E isso entra como plano de ação, também, sobre as consultas especializadas e exames complementares. A ideia é que, de fato, venhamos reforçar a nossa rede”, declarou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.
De acordo com o gerente-geral do CER III, Higor Meneguce, a oferta do exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contribui para a qualificação da assistência a esses pacientes. “Isso tem uma importância enorme para o tratamento da criança, a fim de obter diagnóstico e uma resolutividade, além de melhorar a qualidade de vida em sociedade”, disse.
Andrea Castro é mãe das gêmeas Maria Valentina e Mariá Myrella, de 4 anos. Ela aguardava pela realização do procedimento nas filhas. “Hoje é só gratidão a Deus, pois estou fazendo o exame das duas. O laudo sai rápido e logo vou saber se elas têm alguma deficiência, ou não. Agradeço, também, a todos que se empenharam para me ajudar”, falou.
Como é feito o exame?
O exame dura entre 30 e 40 minutos e normalmente é feito enquanto se dorme ou por sedação, para que não haja interferência no resultado do exame. É indicado para avaliar o desenvolvimento e a resposta auditiva de crianças, recém-nascidos prematuros, crianças autistas ou com alterações genéticas, como no caso da Síndrome de Down.