Por: Danna Anute
Uma nova oportunidade para voltar a praticar atividades simples do cotidiano, essa é a expectativa dos pacientes que aguardam por um transplante de fígado. Ao saber disso, a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, em conjunto com a equipe do programa de transplante da unidade, informa que está preparada e estruturada tecnicamente para a retomada do serviço.
O programa foi credenciado em 2014 e já realizou 59 transplantes de fígado em Rio Branco até meados de 2020, quando foi interrompido. No entanto, atualmente, a unidade hospitalar vivencia outro cenário tecnológico, no qual a equipe de Transplante Hepático do Acre, coordenada pelo cirurgião Tércio Genzini retoma o transplante hepático.
“Hoje a equipe está contente, pois tem a definição de que a Fundhacre se encontra apta e com capacidade técnica e estrutural para voltar a realizar as cirurgias de transplante hepático. Isso irá possibilitar a reativação dos pacientes, de modo que podemos fazer um transplante a qualquer momento, a depender da captação de órgãos”, afirmou a enfermeira da Fundhacre, Valéria Monteiro.
Na Fundhacre, há um atendimento especializado para os pacientes que têm indicação de transplante, bem como para os transplantados, que são assistidos no Serviço de Assistência Especializada (SAE). O acompanhamento deles é contínuo, de maneira que todos possuem uma data determinada para voltar com o médico para realizar consultas e exames de rotina. Essa é a situação da Alcinete Pinheiro.
Alcinete descobriu a cirrose hepática quando estava grávida. “Fui fazer exames de rotina e eles detectaram a doença. A partir desse momento comecei o tratamento no SAE. A espera por uma doação de fígado e a realização do transplante durou quatro anos e algumas vezes me desesperei, mas minha angústia terminou em 2019, o ano em que renasci e tive minha saúde restabelecida”, relatou.
A história de Alcinete não é a primeira e nem será a última, e sabe-se que, para a captação de órgãos ocorrer, é necessário que as pessoas estejam conscientes de que a doação pode salvar muitas vidas, e esse ato pode ser manifestado pelo doador ou familiar próximo.
“Sabemos da realidade sobre a doação de órgãos no Brasil, que ela é baixa, apesar das campanhas que são realizadas anualmente. A sociedade precisa compreender que o órgão é o ator principal. Logo, é por meio dele que podemos ajudar outras pessoas, sobretudo aqueles pacientes que estão nas filas esperando por um fígado”, explicou o médico e cirurgião, Aloysio Coelho.
Fonte agencia.ac.gov.br