Cruzeiro do Sul, AC, 28 de novembro de 2024 08:47

“Enquanto outros estados se medem pelo território, o Acre se agiganta pelo sentimento!”, diz Gladson Cameli

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O governador Gladson Cameli protagonizou, neste sábado, 15, um dos momentos mais lindos da história recente do estado, ao reavivar o sentimento de acreanidade entre as famílias presentes no Calçadão da Gameleira, por ocasião dos 57 anos em que o Acre deixou de ser território para se tornar estado.

Foto: Assessoria

Tarde agradável, tendo de um lado o casario clássico da rua Senador Eduardo Assmar, e do outro, o rio Acre, ao pé do mastro da Bandeira Acreana, palco de uma das maiores batalhas entre brasileiros e bolivianos na Revolução Acreana, Gladson Cameli reafirmou os valores patrióticos que todo acreano deve sentir no coração, como herança dos bravos combatentes do passado.

Foto: Assessoria

Para uma plateia de trabalhadores, pais de família, donas de casas, idosos jovens e crianças, o governador Gladson Cameli disse se orgulhar do passado glorioso do estado.

“Sim! Temos história! Uma das mais belas histórias de garra, brasilidade e determinação que o nosso país pode contar”, bradou, em tom emocionado. “Mas temos também futuro, e que começa a ser resgatado pelo nosso tempo”, ressaltou Cameli.

Foto: Assessoria

Nas palavras do governador, “o Acre, que hoje completa 57 anos, comemora o seu passado, se enchendo de confiança para a chegada de um novo amanhã: mais humano, mais justo e mais desenvolvido”.

“Tudo o que conquistamos foi com imensa luta. Tudo o que fazemos é para preservar a paz! O Acre, meus irmãos, é um estado revolucionário. Conosco, o Brasil compreendeu o valor do sentimento patriótico de quem é capaz de oferecer a vida para ser integrante do nosso país”, asseverou o comandante da instância máxima da Administração Executiva do Estado do Acre.

Foto: Assessoria

Como acontece tradicionalmente, no início da cerimônia, Gladson Cameli passou a tropa em revista, para em seguida, jovens do Projeto Cívico Militar do Instituto Socioeducativo entoarem o Hino Cruzeirense, numa homenagem à ele, que nasceu no município de Cruzeiro do Sul.

Após o hasteamento da Bandeira Acreana, cujas honras foram seguidas sob os acordes do Hino Acreano, o escritor Jackson Ramos, presidente da Academia Juvenil Acreana de Letras, fez a leitura da saga do Acre, desde as disputas com a Bolívia até tornar-se brasileiro, terminando por ser elevado de território para estado. Ao final, o coral de alunos do Colégio Militar surpreendeu, ao cantar a música Happy, de Pharrell Willians.

Em 1962, o presidente João Goulart assinou Lei 4.070, cujo autor foi o então deputado federal pelo acre, Guiomard Santos. Mesmo a contragosto de Goulart, cujo partido, o PTB, era contra o projeto de tornar o território do Acre, estado, o documento foi aprovado e entrou em vigor no dia 15 de junho do mesmo ano.

“Futuro do estado será de muita prosperidade, justiça e paz”

Como neto das primeiras famílias que chegaram para desbravar a região do Vale do Juruá, o governador Gladson Cameli optou por um discurso que chamasse os acreanos à reflexão sobre a importância de cada um deles para o estado, e deu como exemplo o tio, o ex-governador Orleir Cameli, “que sonhou em fazer o Acre encontrar o seu destino de prosperidade, justiça e paz para o seu povo”.

“Essa é a missão que Deus me confiou e que procuro cumprir com equilíbrio e orgulho”. Segundo Gladson Cameli, “o Acre que hoje comemoramos já é melhor que o Acre do passado recente. Mas ainda está longe daquele que queremos e que teremos para o futuro próximo. Quero dizer que esse é o nosso caminho natural”.

“Vejam: o Brasil deu ao Acre uma bandeira. Mas o Acre deu ao Brasil a marca pela qual é reconhecido no mundo todo: a nossa capacidade de mediar o diálogo”, pontuou Cameli.

“Por isso, eu digo a todos vocês: o Acre é grande demais para pertencer a apenas um grupo, uma corrente, um pensamento ou uma geração. Essa é a missão que hoje, como governador, eu cumpro: a de restabelecer o Acre para os acreanos. Um trabalho de sol a sol”, complementou o governador, referindo-se à sua forma democrática de governar, sem perseguição e em sintonia com todos os setores da sociedade.

Uma deferência especial foi feita a todos os trabalhadores, quando ele disse que “Esse mesmo sol que, assim como o acreano, é o último a se por, na Serra do Moa, enquanto o Brasil já dorme, os acreanos de imenso valor ainda trabalham e é para eles, para os milhares de trabalhadores e heróis do dia a dia que o nosso trabalho é feito”.

Participaram da solenidade, autoridades civis e militares, do Poder Judiciário, do Legislativo, secretários de estado e a família do primeiro governador do Estado do Acre, José Augusto de Araújo, representado pelo filho, Lauro Veiga de Araújo.

Por: Resley Saab