Por Larissa Costa
Fomentar as discussões mediante as análises climáticas sobre o período de estiagem, almejando a troca de experiências e ações estratégica. Esse foi o objetivo da Reunião Técnica de Enfrentamento ao Período de Seca do Acre 2023, realizada nesta quarta-feira, 13, pelo governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC), Defesa Civil Estadual, Defesas Civis Municipais, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
O encontro, que faz parte da atuação conjunta entre os órgãos de Comando e Controle, por meio da Força-Tarefa pela Proteção Ambiental, foi realizado na Sala do Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac).
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explicou que o evento oportunizou a troca de informações meteorológicas e prognósticos de futuros cenários para o próximo trimestre.
“Essa parceria que temos com o Censipam, Cemaden e o CPRM, por meio da colaboração de dados, fortalece essa integração com o uso de ferramentas e nos ajuda na tomada de decisões. Acordos de Cooperação Técnica pactuados entre a Sema e esses órgãos têm nos ajudado a prover informações qualificadas, que nos direcionam frente às ações a serem executadas”, disse.
No período da manhã, foram apresentados os dados do Boletim Climático da Amazônia para o trimestre setembro, outubro e novembro de 2023, o sistema de alerta para previsão de probabilidade de incêndio sazonal para áreas protegidas da América do Sul e dados de previsão da probabilidade de fogo para setembro, outubro e novembro, além da apresentação sobre Monitoramento na Bacia do Rio Acre e do Monitor de Secas para o fortalecimento da Rede de Observadores junto às Defesas Civis Regionais e Municipais.
Segundo o meteorologista do Censipam, Dr. Luiz Alves, as condições climáticas dos estados da Amazônia Legal não estão favoráveis para a questão das queimadas e dos problemas dos recursos hídricos, devido à escassez de chuvas que ocorre nesse período.
“A redução das chuvas impacta diretamente nos recursos hídricos, os rios já estão baixos e continuaram assim por mais tempo e isso prejudica o abastecimento de água das cidades e também a questão da vegetação que fica mais seca e mais propensa ao fogo. Se está chovendo pouco, a umidade está baixa e a temperatura elevada e isso são ambientes propensos para a ocorrência de fogo”.
No período da tarde, ocorreu a capacitação na plataforma Painel do Fogo (Censipam), com o objetivo de apoiar os órgãos de Comando e Controle, fortalecendo a discussão e capacitação sobre o uso operacional da ferramenta nas ações de planejamento e tomadas de decisões.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Batista, parabenizou a Sema pela iniciativa em unir os órgãos de Comando e Controle, que acontece desde o início do ano resultando na redução dos focos de calor e dos alertas de desmatamento.
“No período de normalidade, já estávamos reunindo todas as instituições nos três níveis de governo para fazer tratativas relacionadas tanto ao monitoramento, alerta e alarme, os trabalhos de prevenção e educação ambiental, fiscalização e combate. Hoje estamos nesse evento para justamente fortalecermos ainda mais as ações”, afirmou.