Por Ângela Rodrigues
O governo do Acre foi convidado a socializar os avanços na implementação das políticas ambientais de Redução do Desmatamento e Degradação (REDD+) com os países da América Latina e Caribe, nesta quarta e quinta-feira, dias 28 e 29, em evento promovido pelo Ministério do Meio Ambiente do Peru (Minam) e o Programa Colaborativo das Nações Unidas para a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal em Países em Desenvolvimento (UN-REDD) juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Programa das Nações Unidas (Pnud) e Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Lima (Peru).
O evento, intitulado “Laboratório de aprendizagem sobre sistemas de distribuição de benefícios REDD+”, contou com a participação de representantes do Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Chile, Argentina e Costa Rica.
O analista técnico em REDD+ para a América Latina do Pnuma, Felipe Guntin, explica que a oficina tem como objetivo promover a troca de experiências entre os países da América Latina.
“Reunimos gestores, especialistas na temática e atores-chave engajados nas políticas de implementação de REDD+ em seus países e jurisdições para fortalecer seus conhecimentos, por meio da colaboração entre os países da América Latina. O debate é de suma importância para que possam avançar em questões críticas e, dessa forma, ampliar o financiamento de REDD+ com integridade ambiental”, ressaltou.
O presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Leonardo Carvalho, foi um dos painelistas que debateu sobre a temática “Sistemas de distribuição de benefícios e oportunidades para melhorar os impactos sociais e econômicos de REDD+”.
“É uma grande oportunidade participar do laboratório de aprendizagem de REDD+ promovido pela ONU-REDD e poder compartilhar as experiências exitosas do estado do Acre na implantação do nosso programa jurisdicional de REDD+, bem como aprender com os demais países da América Latina que também têm avançado bastante nas políticas de conservação florestal, bem como nos processos de elegibilidade aos padrões internacionais de certificação de créditos de carbono e os desafios para o acesso a financiamento climático”, pontuou.
Ao lado dos representantes da Costa Rica e do Equador, o presidente do IMC compartilhou, ainda, as experiências exitosas do governo do Acre no processo de criação do Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa), consolidação do Programa Isa Carbono e detalhou todo o processo de construção participativa da repartição de benefícios para implementação do primeiro programa de REDD+ Jurisdicional do Acre.
O debate possibilitou uma maior compreensão, desde o processo de estruturação até sua implementação e monitoramento, com base nas lições e experiências bem-sucedidas da Costa Rica, do Equador e do estado do Acre, Brasil.
O evento contou também com a participação de representantes do Ministério de Meio Ambiente e Clima (MMA), do Programa de Arquitetura de Transações REDD+ (ART Trees), e da iniciativa Leaf (sigla em inglês para o programa Reduzindo Emissões Acelerando o Financiamento Florestal).