Por Wesley Moraes
A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quarta-feira, 6, em Brasília (DF), o 3º Seminário Internacional – Enfrentamento à Criminalidade Organizada Transnacional. O evento reúne representantes da área da segurança pública de vários estados brasileiros e de 20 países.
Durante o encontro, estão programadas palestras e debates que abordarão o combate aos crimes transfronteiriços ambientais, cibernéticos, tráfico de drogas e recuperação de ativos, além da cooperação policial internacional.
Em seu pronunciamento, o diretor-geral substituto da PF, Gustavo Leite, destacou a recente megaoperação policial conjunta com o Paraguai e Estados Unidos, que desarticulou um grupo criminoso responsável pelo fornecimento de mais de 43 mil armas a facções brasileiras nos últimos anos.
“Foram desdobrados os trabalhos decorrentes da Operação Dakovo contra a organização criminosa que abastece o país com armas e munições para favorecer a criminalidade, que tanto aflige o nosso povo”, afirmou.
O secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, e o assessor parlamentar da Polícia Militar do Acre no Congresso Nacional, Michel Casagrande, participam do seminário. O titular da Sejusp comentou a relevância das discussões para aprimorar o enfrentamento aos ilícitos transnacionais.
“Nosso estado faz fronteira com Peru e Bolívia, dois grandes produtores de entorpecentes. Então, este seminário tem uma envergadura muito grande para que possamos avançar neste tema, com a troca de experiências e fortalecimento da cooperação policial”, frisou.
Com a criação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o governo do Acre vem dando um duro golpe contra a criminalidade. Desde 2019, já foram apreendidos mais de quatro toneladas de drogas, 43 armas de fogo, 1,3 mil munições, 154 veículos e 12,1 mil maços de cigarros. Neste período, houve ainda a detenção de 724 pessoas e o cumprimento de 38 mandados de prisão.
“O Gefron é uma unidade integrada entre as forças estaduais de segurança, e temos alcançado resultados expressivos e muito positivos. Nos últimos anos, o prejuízo dado ao crime já é superior a R$ 70 milhões”, explicou o secretário.