Após desembarcar no Acre na tarde desta quarta-feira, 11, a presidente Dilma Rousseff foi recebida pelo governador Tião Viana e ainda no aeroporto da capital participou de uma reunião com os prefeitos das cidades mais atingidas pela cheia dos rios acreanos. A presidente ouviu com atenção uma apresentação do governador e do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, acerca dos estragos causados principalmente pela cheia do Rio Acre e prometeu uma importante atenção do governo federal na recuperação e necessidade de reconstrução das cidades.
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Mas em termos de acolhimento, vocês conseguem transformar uma situação mais difícil, numa situação humana”
Dilma Rousseff
“Olho com muita simpatia essa ideia de reconstrução e reestruturação das cidades atingidas”, disse a presidente. Dilma ainda fez questão de elogiar todo o trabalho desenvolvido pelo governo e prefeitura junto aos desabrigados, além de lembrar o apoio federal vindo por intermédio do Ministério da Integração Nacional e do Ministério da Previdência: “Hoje nós temos aqui em Rio Branco provavelmente a maior calamidade com o maior índice de atingimento da população. Mas em termos de acolhimento, vocês conseguem transformar uma situação mais difícil, numa situação humana”.
Estiveram presentes os prefeitos de Brasileia, Everaldo Gomes; de Epitaciolândia, André Hassem; de Assis Brasil, Humberto Gonçalves; de Tarauacá, Rodrigo Damasceno, de Porto Acre, Carlinhos da Saúde e o de Rio Branco, Marcus Alexandre. Só na capital a alagação afetou 53 bairros, 900 ruas, 31 mil edificações e 102 mil pessoas, obrigando o poder público a fundar 31 abrigos que receberam mais de 10 mil pessoas. Com o Rio Acre chegando à marca histórica de 18,40 metros, o prefeito decretou calamidade pública em Rio Branco. Brasileia, outra das cidades mais afetadas, teve 90% de sua área urbana coberta pelas águas.
O governador Tião Viana agradeceu a presença da presidente e toda ajuda federal que tem chegado ao Estado a partir de recursos financeiros e materiais, como os 17 mil kits humanitários encaminhados ao Estado e os R$ 37 milhões liberados pela previdência social para aposentados. “É uma honra esse momento para história do Acre, porque é um momento de solidariedade vindo da presidente Dilma. É a grande cheia histórica do estado e queremos ouvir alguma orientação, uma reflexão, sobre como podemos trabalhar isso”.