Por: Juliana Queiroz
O Dia Nacional da Parteira Tradicional é comemorado nesta quarta-feira, 20 de janeiro. A data destaca a importância desta profissão que é considerada uma das mais antigas do mundo. O trabalho da parteira tem um valor significativo para a saúde da mulher e da criança, com muito cuidado e amor elas acolhem de forma humana desde as pacientes da cidade, até as mais distantes, que residem em comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombo, floresta, onde estão as parteiras tradicionais.
“Consideramos muito importante o trabalho que elas prestam. A atuação das parteiras é essencial para a redução da mortalidade materno-infantil, pois elas atuam em locais de difícil acesso, e prestam assistência para a mulher parturiente e gestante que reside nesses locais distantes. É um trabalho muito importante voltado para a saúde da mulher”, ressalta a gerente do Núcleo Materno Infantil da Sesacre, Priscila Aguiar.
Em 2020, o governo do Acre homenageou a história das parteiras do Juruá com a figura de uma das parteiras mais antigas da região nas paredes e muros do Hospital da Mulher e da Criança, uma atitude que mostra o reconhecimento de um importante trabalho, que faz parte da história e cultura da região amazônica.
No muro dianteiro do hospital, a figura da mulher confortando um bebê de colo é de Giosete Mariano, a dona Zizi, já falecida, uma das parteiras mais antigas da região.
A meta para 2021, segundo Priscila, é promover a qualificação para as parteiras, trabalhando com aulas práticas, desde o nascimento, respeitando a tradição e cultura, além disso, as parteira também irão receber os kits parteiras, onde são inclusos bota, guarda chuva, capa de chuva, toalha, tesoura, entre outros.
“As capacitações são uma iniciativa do Estado, por meio da Secretaria de Saúde. As últimas foram realizadas em Marechal Thaumaturgo e Jordão, já para este ano são previstas nos municípios Porto Walter e Santa Rosa. Nosso objetivo é prestar assistência e valorizar o trabalho delas”, afirma.
Atualmente, existem três tipos de profissionais de assistência ao parto: as parteiras tradicionais, sem formação superior e que geralmente atuam em regiões rurais; as obstetrizes, formadas em Obstetrícia, e as enfermeiras obstetras, formadas em Enfermagem com pós-graduação em Obstetrícia.