Por: Cássia Veras
O Acre possui, atualmente, cerca de 800 mil habitantes distribuídos entre 22 municípios. A crescente população apresenta ao governo do Estado o desafio de organizar os serviços de saúde oferecidos aos cidadãos. Diante disso, a Secretaria de Saúde (Sesacre) orienta aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a qual unidade hospitalar recorrer, dependendo da complexidade do atendimento requerido.
O SUS, garantido pela Constituição Federal Brasileira desde 1988, é um dos maiores sistemas de saúde pública no mundo. Toda essa estrutura está organizada em níveis de assistência, de acordo com o grau dos atendimentos demandados. Os níveis de atenção e assistência à saúde no Brasil são estabelecidos pela portaria do governo federal nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. A determinação estabelece as diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS, sendo eles: atenção primária, secundária e terciária.
Atenção primária: cabe a essa modalidade o diagnóstico precoce de doenças, a identificação de fatores de riscos e o encaminhamento, em tempo oportuno, para a atenção especializada, quando necessário, pois essas ações resultam no impacto terapêutico e no melhor prognóstico dos pacientes. Estão inclusas nessa organização as unidades básicas de Saúde (UBS), com responsabilidade de gerenciamento municipal e porta de entrada preferencial do SUS.
Atenção secundária: destinada aos atendimentos de saúde de complexidade intermediária, em conjunto com a atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Nessa modalidade estão inseridas as unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que oferecem uma estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação.
Atenção terciária: É o serviço qualificado de alta complexidade para o atendimento de Urgência e Emergência. A organização tem o intuito de qualificar o atendimento à demanda espontânea ou referenciada, garantindo, desse modo, a retaguarda na assistência de média a alta complexidade, ofertando procedimentos, diagnósticos, leitos clínicos de retaguarda, cirurgias, e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O Pronto-Socorro de Rio Branco compõe essa modalidade.
“Resumindo, o usuário que precisa realizar uma consulta, investigar alguns sintomas, deve se dirigir a uma UBS. Lá ele vai ter toda a assistência necessária para essa demanda. Nos casos mais moderados, onde o paciente possui sintomas como como pressão alta, febre alta, fraturas, cortes e outros que não ofereçam riscos diretos a vida, devem ser direcionados às UPAs. Casos graves, onde o paciente está em iminência de morte, devem ser rapidamente encaminhados ao Pronto-Socorro”, explicou o coordenador da Rede de Urgência e Emergência do Acre (RUE), Edvan Meneses.
Fonte agencia.ac.gov.br