Por Tácita Muniz
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no último dia 29, as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros. Pelo novo cálculo, estima-se que a população do Acre seja de 880.631 habitantes. Pelo último Censo, em 2022, o estado possui 830.018 residentes. Caso a estimativa se concretize, o aumento da população seria de 6%.
O estudo é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.
As estimativas da população residente nos municípios foram calculadas com base nas Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação, Revisão 2024, e nos totais populacionais dos municípios enumerados pelos censos demográficos 2010 e 2022. Vale lembrar que a estimativa é feita anualmente até o novo Censo ser divulgado.
Estimativas da população nos municípios acreanos:
Acrelândia – 14.657
Assis Brasil – 8.573
Brasiléia – 27.841
Bujari – 13.766
Capixaba – 10.922
Cruzeiro do Sul – 98.382
Epitaciolândia – 19.739
Feijó – 37.644
Jordão – 9.787
Mâncio Lima – 20.329
Manoel Urbano – 12.776
Marechal Thaumaturgo – 17.951
Plácido de Castro – 17.127
Porto Walter – 11.275
Rio Branco – 387.852
Rodrigues Alves – 15.537
Santa Rosa do Purus – 7.143
Senador Guiomard – 22.352
Sena Madureira – 43.916
Tarauacá – 46.517
Xapuri – 19.090
Porto Acre – 17.455
Como esses números são usados
O secretário de Estado de Planejamento, Ricardo Brandão, explica que a gestão acompanha e reúne todos esses dados no portal “Acre em Números”. Isso, porque as estatísticas envolvem diversos fatores, tanto sociais quanto econômicos, em especial pelo fato do tamanho da população ser utilizado como elemento de referência para definição do montante financeiro que comporá a cota parte do Fundo de Participação dos Estados e Municípios (FPE e FPM), principal fonte de receita do nosso estado.
“Outro fator relevante atrelado ao crescimento e/ou redução da população e sua evolução etária diz respeito à definição de políticas públicas nas áreas de educação, saúde, habitação e assistência social, dentre outras, que variam conforme o tamanho e composição etária de uma população, de modo a prover os serviços e às estruturas públicas para atender demandas específicas, conforme varia a mudança etária da população”, completa.
O tamanho da população, ainda segundo o gestor, é fator determinante para o crescimento e desenvolvimento econômico, definição e composição do mercado consumidor e mercado de trabalho e nível de prosperidade econômica.
“Por isso é tão importante e necessário que os gestores públicos e demais segmentos empresariais compreendam o tamanho e ritmo das mudanças, motivo pelo qual a Seplan mantém ativo o portal Acre em Números, como forma de manter a população, os empresários e autoridades públicas continuamente atualizadas”, esclarece.
O Executivo Estadual lançou em 2023 o Plano de Desenvolvimento Socioeconômico e Sustentável – Agenda Acre Dez Anos, plano de longo de prazo, que tem por objetivo principal entender a evolução da sociedade e sua população e, a partir daí, atuar diretamente sobre os pilares de desenvolvimento do Estado, ajustando continuamente as estratégias de gestão em interação com a sociedade.
“Logo, o acompanhamento e estudo contínuo são de importância fundamental para o processo decisório de governo e ajustes no planejamento de longo prazo, permitindo com que os serviços, projetos, programas e políticas públicas estejam sempre adequadas e alinhadas com as necessidades e expectativas da população.”
Número de domicílios
Outro dado importante divulgado pelo IBGE, na sexta-feira, 6, foi o “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo”. É a primeira vez que o instituto divulga dados dessa natureza no âmbito do Censo, traçando um perfil de idade, sexo e alfabetização dos moradores desses tipos de domicílios.
O levantamento mostra que o Acre tem 319.321 domicílios, o equivalente a um aumento de 44,42% com relação ao censo anterior. Deste total, 238.769 são de casas, ou seja, 91,48% do total. Outros 15.802 (6,05%) são de apartamentos. Os 318.758 domicílios particulares permanentes são aqueles que foram construídos a fim de servir exclusivamente para habitação e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas.
Já unidades habitacionais particulares improvisadas se tratam de uma edificação que não tenha dependências destinadas exclusivamente à moradia (por exemplo, dentro de um bar), como também os locais inadequados para habitação e que, na data de referência, estavam ocupados por moradores. Neste modelo, são 184 domicílios.
Já nos coletivos, instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam, moradoras ou não, na data de referência, era restrita a normas de subordinação administrativa, são 379 unidades.
A maior ocupação dentro de domicílio coletivo é na penitenciária, onde, segundo os dados do IBGE, há 4.351 pessoas. Outros 147 vivem em hotel ou pensão e outros 117 em asilos.
Fonte agencia.ac.gov.br