Por Janine Brasil
A Oficina Participativa de Resultados dos Levantamentos Socioambientais da Área de Proteção Ambiental (APA) Igarapé São Francisco, realizada nesta quinta-feira, 10, no auditório da Secretaria de Administração (Sead), rendeu bons resultados.
O evento foi oportunizado pelo governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi).
A oficina foi a primeira apresentação dos resultados de estudos do meio biótico proveniente dos levantamentos de campo realizado por pesquisadores especialistas nos temas de aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes do igarapé São Francisco e vegetação. Também foram realizados levantamentos da parte socioeconômica e meio físico da APA, bem como dinâmica de uso e ocupação do solo da região.
Presente no evento, a secretária adjunta da Semapi, Renata Souza, explicou que a abordagem participativa é fundamental para que o processo de validação de informações seja aprimorado e detalhado:
“Se fossem usados estudos puramente técnicos poderíamos não ter os resultados que pretendemos alcançar. Então, envolver a sociedade faz com que o documento se aproxime muito mais da realidade que pretendemos construir no Plano de Manejo da APA, que será o produto final desses encontros”.
O gestor da APA Igarapé São Francisco, biólogo Ricardo Plácido, disse que os relatórios dos estudos realizados pelos pesquisadores foram apresentados na oficina aos moradores, proprietários de terras, instituições e demais envolvidos. Ele afirmou que a importância da participação da comunidade é no sentido de entender os estudos e dar colaboração, pois conhecem a realidade local.
“Os comunitários apresentaram situações que desconhecíamos, e nós repassamos também informações desconhecidas por eles. Oficinas participativas presenciais têm essa vantagem. Esses resultados vão gerar um relatório onde essas informações serão consolidadas”, contou.
Os dados gerarão um relatório técnico que dará suporte para o documento final, o Plano de Manejo da APA. “Mas, antes, ainda vamos realizar outra oficina, que deve ocorrer em outubro, onde vai ser proposto um zoneamento, contendo a vocação de cada setor da APA e regras de uso, com normas e informações relevantes”.
O plano de manejo será composto por vários relatórios, com diversas etapas que ainda estão sendo consolidadas e que vão conter diagnósticos socioambientais e econômicos, e conta com apoio financeiro do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pela Conservação Internacional (CI), que contratou uma empresa que vai elaborar o plano sob supervisão da Semapi.
Fonte agencia.ac.gov.br