Por Gledisson Albano
À noite, a situação se torna ainda mais perigosa. “Fica muito perigoso, pode entrar cobra pra dentro de casa”
Uma família no ramal da Olivença, em Cruzeiro do Sul, está enfrentando dificuldades após a cheia do rio Juruá. Cleiciene Araújo, de 28 anos e mãe de cinco filhos, relata que a água já invadiu o quintal e, para piorar a situação, tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso há quatro dias.
“Estamos sem energia há 4 dias, e a situação só piora quando suspendem o fornecimento”, desabafa Cleiciene. Com crianças pequenas em casa, a preocupação é ainda maior. A falta de energia impede a conservação de alimentos e o acesso a água gelada, forçando a família a depender da ajuda de vizinhos que ainda possuem eletricidade.
À noite, a situação se torna ainda mais perigosa. “Fica muito perigoso, pode entrar cobra pra dentro de casa”, expressa a preocupação de Cleiciene, que também destaca o risco aumentado para as crianças, especialmente porque a família está se recuperando de dengue.
A dona de casa conta que a comunidade ainda não recebeu apoio externo. “A ajuda da defesa civil ainda não passou por aqui”, lamenta Cleiciene. Mesmo com a possibilidade de a água subir ainda mais, ela está determinada a permanecer em sua casa pelo tempo que for possível.
Este não é um evento isolado; a família relata que o corte de energia é uma ocorrência comum durante as cheias. A situação mostra os desafios enfrentados pelos moradores de áreas vulneráveis a inundações e a necessidade urgente de apoio e infraestrutura adequada para garantir a segurança e o bem-estar dessas comunidades.
