O deputado federal César Messias (PSB) reuniu na segunda-feira com o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Nelis Newton. Messias busca medir conflito gerado a partir da proibição de transporte da produção agrícola em caminhões e caminhonetes e ainda a rígida fiscalização sobre os veículos que fazem o transporte de mercadorias entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
A iniciativa de César Messias foi provocada por solicitação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Epitaciolândia (STRE) e da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul.
“Tivemos uma boa conversa e o inspetor se mostrou sensível às reivindicações dos produtores rurais e dos empresários de Cruzeiro do Sul. Algumas medidas já estão sendo tomadas e acredito que todos ficarão satisfeitos com os resultados”, afirmou César Messias.
Através de ofício, o presidente do STRE, Sebastião Ferreira de Oliveira, informou que os condutores dos veículos caminhões e camionetas que fazem o escoamento da produção estavam sendo proibidos de executar esse tipo de atividade e que isso se dava por fazerem, também, o transporte dos produtores que acompanham seus produtos para a venda na cidade. Em outros casos, era impedido o transporte de pequenas quantidades de combustível ou mesmo o gás de cozinha.
“Esses produtores moram na zona rural e esse caminhões e caminhonetes são o único transporte que existe. Não tem caminhão das empresa de gás passando na porta deles todo dia e nem tem posto de combustível na esquina para que possam comprar uma gasolina para as roçadeiras”, explicou.
Já o presidente da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, Antônio Assem de melo Cameli explica que o problema gerado em torno da fiscalização do transporte de cargas entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul se deve ao fato de a BR-364 não oferecer as mesmas condições de trafegabilidade que as demais rodovias, além de não está completamente finalizada. Essa situação impede que carretas e caminhões com maior capacidade de carga possam circular entre o trecho Sena Madureira/Cruzeiro do Sul.
“Nesse caso, temos que fazer o transbordo para nossos caminhões que circulam apenas nesse trecho”, garante Antônio Assem. “Necessário se faz ressaltar que é de interesse da classe andar com seus transportes regularizados, porém alguns pequenos incidentes acontecem durante a ida e vinda de Rio Branco a Cruzeiro Sul, motivados pelas condições que a BR-364 se encontrar nesse período de inverno. Ainda neste passo, vale relatar que a PRF vem aplicando multas pesadas e severas em nossos caminhões que transportam mercadoria no trecho já mencionado. Vez em que a agilidade no processo de carga e descarga de mercadorias configura-se como principal fator contributivo para o abastecimento da cidade, não conseguimos parar os caminhões para manutenção e revisão regularmente como gostaríamos ou deveríamos”, complementa.
De acordo com César Messias, o inspetor Nelins Newton prometeu estudar medidas para evitar prejuízos para os produtores rurais, assim como para os empresários do Juruá.
