Por: André Araújo
Um dos itens imprescindíveis para as aulas de música são os instrumentos musicais, divididos entre as categorias de cordas, teclas, sopro e percussão.
Para emitir uma sonoridade de excelência, são necessários cuidados específicos, como os manuseios adequados, para que apresentem aspectos de novos e, o mais importante, tenham uma vida útil prolongada.
Na Escola de Música do Acre (Emac), localizada em Rio Branco, o responsável por essa tarefa estratégica é o servidor Carlos Alberto Florêncio da Costa, de 64 anos, casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, morador do bairro Tucumã.
Há 12 anos atuando naquela unidade de ensino musical, administrada pelo governo do Acre por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), seu Carlos, como é conhecido popularmente, é apontado por todos os colegas de trabalho como um servidor público impecável.
“O olhar minucioso, a organização e o cuidado com o patrimônio público são minhas metas de trabalho, pois é pelas minhas mãos que os futuros músicos poderão extrair o melhor som dos instrumentos, e os professores terão condições favoráveis para demonstrar os seus conhecimentos para os alunos”, destaca Carlos Alberto.
Na sala de instrumentos da Emac, o recado fixado na porta é simples e direito: “Proibido fazer uso de instrumentos nesta sala ou pegá-los sem autorização”. Ali, o servidor controla a entrada e saída dos itens, que podem ser um violão, contrabaixo, pandeiro ou algum acessório, como caixa de som, fontes ou cabos.
“Os nossos alunos possuem acesso livre aos instrumentos, porém respeitando duas regras: devem estar acompanhados de um professor, tanto na retirada como na devolução, ou se obtiverem a autorização desse setor, aliada com a coordenação”, explica Florêncio.
À primeira vista, seu Carlos passa um ar sério de disciplinador, porém, na convivência percebe-se que não é difícil encontrá-lo gargalhando e contando algum causo, além de sempre se colocar à disposição para auxiliar na demanda de algum colega.
“Eu conheço esta escola como a palma da minha mão, reparo nos mínimos detalhes e tento ajudar no que for possível, independente se for o coordenador-geral ou algum colaborador da limpeza. Quero contribuir com a nossa instituição e oferecer os melhores serviços para a comunidade”, diz.
Ouvinte assíduo da Rádio Difusora Acreana, é com as canções e notícias da Voz das Selvas emitidas por um antigo rádio que seu Carlos, todos os dias repete os ritos para manter a qualidade e som dos instrumentos daqueles que tocam o coração e a alma das pessoas, no presente e no futuro.
Fonte agencia.ac.gov.br