Por Assessoria
O estado continua sofrendo com as consequências da cheia dos rios acreanos. Para minimizar os efeitos da crise climática com as enchentes, o governo do Estado levou cestas básicas, kits de higiene e de limpeza, além de medicamentos para atender as 142 pessoas desabrigadas pela enchente do Rio Acre em Porto Acre.
A capital já registra a segunda maior cheia da história. Diante da situação crítica e com o objetivo de oferecer suporte médico essencial às vítimas da enchente, o governo do Estado realizou a entrega de insumos e medicamentos recebidos do Ministério da Saúde (MS) para o município de Rio Branco.
O Rio Acre continua acima da cota de transbordo e na manhã desta quinta-feira, 7 de março, chegou a 17,76 metros, na capital.
Com decreto assinado pelo governador Gladson Cameli e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de quarta-feira, 6, o governo do Acre autorizou a antecipação do pagamento do adicional de férias e de 50% da gratificação natalina aos servidores públicos diretamente afetados pelas enchentes dos rios e igarapés.
Outra ação realizada pelo governo do Acre foi a aquisição de quatro toneladas de alimentos, de pequenos produtores rurais de Rio Branco, para abastecer as cozinhas que estão preparando as refeições dos abrigos da cidade, além de hospitais e entidades de assistência social. Os alimentos foram obtidos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, que é executado pelo Estado.
Atualização das bacias acreanas
Com base na atualização do nível dos rios do Acre das 18h de quarta-feira, 6, na Bacia do Rio Acre o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba. Ainda na Bacia do Rio Acre, atualmente os municípios de Rio Branco e Porto Acre estão em cota de transbordamento.
Na Bacia do Purus os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano estão em cota de transbordamento. Na Bacia do Juruá os municípios de Cruzeiro do Sul e Porto Walter encontram-se em cota de transbordamento.
No município de Plácido de Castro o Rio Abunã encontra-se em cota de alerta. Já na Bacia Tarauacá-Envirá o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento.
O nível dos rios do Acre podem ser acompanhados nas rede socias do Governo do Acre e da Sema.
Pessoas atingidas pela cheia dos rios
Com base nos dados de ocorrências disponibilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) nas 14 cidades mais críticas, há 102 abrigos públicos atendendo 10.333 pessoas desabrigadas. Ainda há 18.5222 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. Além disso, em Cruzeiro do Sul, 19.694 pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.
Veja os números por cidade:
Rio Branco
Pessoas desabrigadas: 2.180
Pessoas desalojadas: 1.873
Nº de bairros atingidos: 50
Abrigos: 13
Plácido de Castro (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 232
Pessoas desalojadas: 1.500
Nº de bairros atingidos: 13
Abrigos: 2
Xapuri (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 210
Pessoas desalojadas: 563
Nº de bairros atingidos: 7
Abrigos: 7
Tarauacá
Pessoas desabrigadas: 486
Pessoas desalojadas: 2.500
Nº de bairros atingidos: 7
Abrigos: 5
Assis Brasil (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 340
Pessoas desalojadas: 125
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 4
Jordão (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 1.706
Pessoas desalojadas: 2.061
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 7
Sena Madureira (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 603
Pessoas desalojadas: 370
Nº de bairros atingidos: 15
Abrigos: 12
Epitaciolândia (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 1.754
Pessoas desalojadas: 2.150
Nº de bairros atingidos: 6
Abrigos: 11
Santa Rosa do Purus (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 521
Pessoas desalojadas: 1816
Nº de bairros atingidos: 2
Abrigos: 6
Brasileia (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 1.276
Pessoas desalojadas: 2.220
Nº de bairros atingidos: 12
Abrigos: 16
Marechal Thaumaturgo (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 192
Pessoas desalojadas: 2.110
Nº de bairros atingidos: 3
Comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas atingidas: 119
Abrigos: 5
Manoel Urbano
Pessoas desabrigadas: 621
Pessoas desalojadas: 236
Nº de bairros atingidos: 2
Abrigos: 4
Feijó (sem atualização)
Pessoas desabrigadas: 57
Pessoas desalojadas: 78
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 2
Porto Walter
Pessoas desabrigadas: 155
Pessoas desalojadas: 920
Nº de bairros atingidos: 5
Abrigos: 8
Segurança do Estado orienta atingidos pela enchente
Em todo o Acre, dois números telefônicos garantem contato direto dos atingidos pela enchente com as autoridades estaduais. São 190, da Polícia Militar, e o 193, do Corpo de Bombeiros.
Por meio dos canais controlados pelo Centro integrado de Comando e Controle Estadual (Cicce), a população pode fazer registros de ocorrência e solicitar atendimentos de urgência e emergência.
Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender as famílias necessitadas.
Obs: Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.
Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.
Previsão para quarta-feira, 6 de março
Segundo o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), baseado em dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), um sistema meteorológico conhecido como Alta da Bolívia, que atua em altos níveis da atmosfera a 12 Km de altura, ainda predomina sobre o sul da Amazônia e potencializa a formação de áreas de instabilidade na região.
Para esta quinta-feira, 7, a previsão em todo Acre é de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia nas cidades do oeste acreano. Já na capital e demais regiões do estado a previsão é de céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas entre a tarde e à noite.
Todos os dados são concentrados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio do Cigma, onde funciona a sala de situações e monitoramento ambiental.
Cuidado com a rede elétrica
Para prevenir acidentes, a concessionária de energia elétrica Energisa orienta aos clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da enchente, desligue o disjuntor de energia (chave geral).
A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia por motivo de segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas.
A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e call center 0800-647-7196.
Fonte agencia.ac.gov.br