Por Larissa Costa
A Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi) promoveu, nesta sexta-feira, 4, no estande Caminhos para a Sustentabilidade, na Expoacre 2023, o painel “Alavancando a Bioeconomia no Estado do Acre.”
O objetivo do painel foi discutir o progresso da bioeconomia no Acre. A mediadora do painel foi Marilene Brazil, chefe do Departamento de Biodiversidade da Semapi, e contou com a participação da doutora em produção vegetal da Universidade Federal do Acre (Ufac), Andreia da Rocha; do especialista em gestão de pequenos negócios do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Francinei Santos; e do doutor em agronomia, solos e nutrição de plantas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Eufran Amaral.
Andreia da Rocha, professora da Ufac e coordenadora de Pesquisa e Extensão do Parque Zoobotânico (PZ), ressaltou que representar a Ufac foi um privilégio devido aos quase 30 anos de pesquisa e extensão da instituição na temática do painel.
“Eu achei super importante termos um painel em uma exposição como a Expoacre, que trata mais da pecuária e da agricultura em geral. Esses setores são importantes, mas não representam a única economia que temos no Estado. Temos também os produtos da sociobiodiversidade que foram fundamentais para a formação do Estado e sua integração ao Brasil”.
Francinei Santos, do Sebrae, ministrou uma palestra com o intuito de apresentar modelos de negócios a partir da sociobiodiversidade e demonstrar como é possível praticar o empreendedorismo na Amazônia, conciliando sustentabilidade, inovação e tecnologia.
Santos enfatizou que a missão do Sebrae é fortalecer o empreendedorismo, valorizar a população do Acre e a maior riqueza da região, a floresta.
“O Sebrae é pioneiro no trabalho com startups no Brasil, e trouxemos essa experiência para colaborar com instituições como a Semapi, a fim de desenvolver startups a partir de nossa riqueza em biodiversidade. Nosso objetivo é gerar valor, conduzir pesquisas e elaborar modelos de negócios que não apenas impulsionem a economia do estado, mas também sirvam como exemplos para o mundo”, afirmou o especialista em gestão de pequenos negócios do Sebrae.
Eufran Amaral, pesquisador da Embrapa, declarou que o Acre possui todos os elementos necessários para avançar em uma economia inclusiva, participativa e sustentável. “Temos um sólido marco legal, incluindo um zoneamento ecológico com mais de 20 anos, bem como o Sistema Estadual de Serviços Ambientais. Além disso, contamos com uma indústria acreana, produtos em crescimento como castanhas, madeira e artesanato. O próximo passo é unir essa estratégia com a participação das comunidades tradicionais e a produção familiar, avançando efetivamente para uma bioeconomia acreana.”
Fonte agencia.ac.gov.br