Cruzeiro do Sul, AC, 23 de novembro de 2024 19:35

Barqueiros do Juruá têm todos os tipos de atendimento no polo naval

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No polo são construídos bajolas, canoas, baleeiras, batelões, rebocadores e barcos de alumínio de todos os tamanhos.(Foto: Onofre Brito)
No polo são construídos bajolas, canoas, baleeiras, batelões, rebocadores e barcos de alumínio de todos os tamanhos.(Foto: Onofre Brito)

Construído em 2013, às margens do Rio Juruá, no bairro Miritizal, o polo naval de Cruzeiro do Sul juntou num só lugar uma série de serviços para facilitar a dinâmica da navegação no Rio Juruá, uma das mais movimentadas de todo o estado. São centenas de embarcações que todo dia sobem, descem e atravessam o rio em frente à cidade.

No polo são construídos bajolas, canoas, baleeiras, batelões, rebocadores e barcos de alumínio de todos os tamanhos. Além disso há produção de palhetas, embuchamento de rabetas de motores e mecânica. A administração do local está a cargo da Cooperbajola, cooperativa formada por construtores navais.

 Lindalci Maciel de Souza já tem 30 anos de profissão(Foto: Onofre Brito)
Lindalci Maciel de Souza já tem 30 anos de profissão(Foto: Onofre Brito)

O carpinteiro naval Lindalci Maciel de Souza já tem 30 anos de profissão. Ele conta que trabalhava na beira do rio até que foi construído o polo. Desde a inauguração – informa – já foram construídas cerca de 150 bajolas e de 200 a 250 canoas: “Tem épocas que tenho cinco ou seis bajolas para fazer. Às vezes tenho que liberar para um colega, porque não dá tempo de atender”.

José Maria da Silva(Foto: Onofre Brito)
José Maria da Silva(Foto: Onofre Brito)

José Maria da Silva, juntamente com um irmão, toca uma das oficinas do polo especializada em fabricar palhetas e outras peças em torno mecânico, além de trabalharem com soldas. “Aqui não faltam encomendas” – disse.

Já na oficina do “Mano Véio”, um grupo de mecânicos oferece qualquer tipo de serviço para motores navais.

Foto: Onofre Brito
Foto: Onofre Brito

Bajolas

A bajola é uma mini lancha, de transporte rápido, uma canoa feita de madeira inventada pelos construtores de canoas do bairro da Lagoa, hoje situados no polo. Ela pode navegar com pouca água; até com lâminas de 20 cm de água é possível. E surgiu principalmente pelo desejo de navegar com velocidade, o que fez surgir uma competição anual de corrida de bajolas. Além de rápida, a bajola é de fácil manuseio, por ser leve.

Foto: Onofre Brito
Foto: Onofre Brito