Por Miguel França
A Furiosa, como é conhecida em todo o estado, é a banda de música da Polícia Militar do Acre (PMAC). Por meio do projeto Patrulha Musical, o grupo tem levado alegria e solidariedade a famílias que tiveram suas casas invadidas pelas águas da alagação, encontrando-se, agora, acolhidas nos abrigos organizados pelo governo do Estado, em Rio Branco.
Com uma programação que pretende visitar todos os abrigos, a orquestra regida pelo major Joyb Ramos apresenta um repertório variado: vai de músicas gospel a Roberto Carlos e Jota Quest, adaptando-se ao gosto público que a escuta.
A Casa de Passagem, no bairro Bahia Velha, hospeda estrangeiros de países fronteiriços como Venezuela, Colômbia e Peru, e também do Equador, e, neste momento acolhe estrangeiros atingidos pela alagação. A instituição recebeu a Patrulha Musical na quinta-feira, 29.
“A Patrulha leva solidariedade através da música, pois é impossível viver sem lutas, o diferencial é como enfrentar. E atualmente devemos enfrentar com fé, pois dias melhores virão”, disse o major Joyb Ramos.
Já na Escola Estadual Boa União, na Sobral, o tenente Carlos Souza fez a alegria das crianças abrigadas e suas famílias. Apresentou a elas os principais instrumentos da orquestra: clarinete, saxofone, trompete, trombone de vara, bumbo e caixinha. Em uma dinâmica, deixou que regessem a orquestra, que tocou músicas infantis conhecidas.
“Eles têm muitas músicas que animam, principalmente as crianças. Pra mim é muito bom, pois, por serem da polícia, a gente achava que eles eram muito fechados, mas mostraram que também são pais, tios e avós, e é muito bom”, afirma Jovenice Viana, mãe de uma das crianças abrigadas na Boa União.
A Escola Estadual Heloisa Mourão Marques recebeu, ao entardecer, a Patrulha Musical, e novamente as crianças do abrigo foram o foco da visita.
“Toco desde os 15 anos e me incorporei à Banda em 1994, tocando clarinete e também saxofone. Agora, mais do que nunca, neste momento em que as pessoas estão fragilizadas, é importante levar esse trabalho com amor, para acalentar o coração, levar alegria e diminuir um pouco a tristeza. Não podemos resolver tudo, mas podemos dar um pouco de esperança”, refletiu o tenente Carlos Souza.