Depois de uma sequência de quatro anos com queda nos casos de dengue, Cruzeiro do Sul registrou, em 2024, um aumento preocupante de 7% nos casos da doença. O município fechou o ano com 818 casos confirmados, enquanto no ano anterior foram 765. O coordenador da Vigilância Entomológica, Leonísio Messias, destacou que, embora o aumento seja moderado, ele sinaliza a necessidade de reforçar as medidas preventivas para evitar uma maior propagação do mosquito transmissor.
Em dezembro de 2024, o número de casos confirmados de dengue foi especialmente alto, com 150 novos registros. Para entender melhor a situação, o município realizou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que revelou um índice de infestação superior a 5%. Esse dado é alarmante, pois indica que mais de 5% da população está em risco de ser contaminada, o que exige uma resposta rápida e coordenada das autoridades e da comunidade.
“Embora os números ainda não sejam alarmantes como em anos anteriores, precisamos reforçar as ações de controle e prevenção”, afirma Messias. Ele lembra que, em 2019, o município enfrentou uma epidemia, com mais de 2.800 casos registrados. Desde então, houve uma redução contínua, mas, com o aumento de 2024, os esforços precisam ser intensificados para que não haja retrocesso.
O LIRAa também revelou que bairros como Aeroporto Velho, Remanso, Cruzeirão, Formoso, Miritizal e Telégrafo têm registrado um grande número de criadouros do mosquito, principalmente em depósitos de água acumulada, como caixas d’água e tanques. Essas áreas são essenciais no combate ao mosquito, pois oferecem o ambiente ideal para a proliferação.
Diante do aumento no número de casos, o prefeito Zequinha Lima e a Secretaria Municipal de Saúde, comandada pelo secretário Marcelo, já estão adotando medidas mais agressivas de combate ao mosquito, como a intensificação da fiscalização e da conscientização da população. Além disso, o incentivo à vacinação contra a dengue está sendo reforçado.
“É fundamental que cada morador cuide do seu próprio ambiente”, enfatiza Leonísio Messias. Ele faz um apelo à população para que adote simples medidas preventivas, como cobrir bem os reservatórios de água, eliminar qualquer recipiente que possa acumular água e realizar a limpeza constante de quintais e jardins. Essas ações contribuem para a diminuição do número de criadouros e, consequentemente, da proliferação do mosquito.
Messias também recomenda que, caso algum sintoma de dengue seja identificado – como febre, dores no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele – a pessoa procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima para o diagnóstico e tratamento adequado.
O município de Cruzeiro do Sul está mobilizado para combater a dengue, mas a colaboração de todos é essencial para que a doença não se espalhe.
Da redaçao, com informações Juruá24horas