Tudo indica que a espera de quase três anos por uma medula para Elana Vitória de Souza, de 10 anos, finalmente terminou. Naturais de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, a pequena e a mãe dela, Erlonilde de Souza, estão há uma semana em Recife (PE) e a cirurgia de transplante está marcada para o dia 2 de fevereiro.
Em novembro de 2015, as duas chegaram a sair do estado acreano para o procedimento. No entanto, pouco tempo antes, houve a desistência do doador. Elana luta há seis anos contra a leucemia no Hospital do Câncer, em Rio Branco. Ainda no ano passado, houve a confirmação de uma nova medula compatível.
“Ela está super feliz, quer muito fazer a cirurgia. Ela já fez todos os exames, implantou o cateter e está se recuperando. Interessante é que ela faz aniversário no dia 1° de fevereiro e no dia 2 ela recebe a medula. É um presente”, relata a mãe da garota.
Depois da cirurgia, Erlonilde explica que a filha deve passar 40 dias em um processo conhecido como “bolha”, em que o paciente não pode receber visitas até que seja confirmado que não houve nenhum tipo de rejeição. Em seguida, Elana deve ser liberada do hospital, mas passa a ter consultas diárias.
“Os médicos estimam um período de mais ou menos seis meses, mas pode demorar mais, porque a medula dela não é de parente. Requer mais cuidado. Ainda não temos previsão de voltar ao Acre”, ressalta. No momento, as duas estão no hospital e ainda estudam onde vão ficar hospedadas após liberação.
Para Erlonilde, o momento é de muita expectativa. “Estou muito confiante. Seis anos de hospital, ainda temos um tempo pela frente, mas é muita coisa para nós sabermos que isso vai acabar. É uma peleja”, acrescenta.
Entenda o caso
O G1 acompanha a história de Elana Vitória desde o Dia das Ciranças de 2015. Na mesma data do ano anterior, a menina não pediu bonecas ou roupas, mas uma medula de presente. Em agosto de 2015, a família recebeu a notícia de um doador totalmente compatível. O transplante também ocorreria na capital pernambucana.
A guerra contra a leucemia começou em maio de 2011. Desde então, passaram mais de três longe de casa, parentes e amigos no interior do estado. Todo parecia bem, mas houve a confirmação de que a doença havia voltado e, por isso, a necessidade do transplante. Elana entrou na fila de espera para doação desde então.
Fonte
Caio FulgêncioDo G1 AC