Por: André Araújo
O palco é um local mágico. Quem nunca se imaginou nele? Cantar, dançar, tocar, atuar, falar, adorar, testemunhar, ensinar, entre tantas possibilidades. No entanto, ocorre algo comum em todos esses atos. Sabe o que é? É o popular friozinho na barriga.
Tal sensação sempre está no roteiro, independente da experiência de quem se apresenta. Porém, tudo deve ser enfrentado com um sorriso, pois o show deve acontecer e sempre continuar. Assim aconselha Freddie Mercury, na música The Show Must Go On, da banda britânica Queen.
Conforme a estrofe da referida canção, os estudantes do Coletivo de Cordas Friccionadas subiram no palco do auditório da Escola de Música do Acre (Emac), em Rio Branco, nesta quarta-feira, 30, na terceira noite da Semana da Música no Acre.
Na regência dos músicos Leonardo Feichas e Nágila Batista, o grupo possui 20 componentes que tocam instrumentos de cordas friccionadas, isto é, que emitem som ao serem friccionadas, como ocorre com o violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo acústico.
“O Coletivo de Cordas é um projeto de extensão que envolve alunos e professores da Emac e do curso de Música da Universidade Federal do Acre (Ufac) para estudos, ensaios e apresentações musicais, além de trabalhamos os aspectos interpessoais como disciplina, concentração, sociabilidade, coletividade e respeito”, destaca o docente da Ufac, Leonardo Feichas.
Com um repertório repleto de canções populares, folclóricas e eruditas, o público que lotou as dependências da Escola de Música do Acre pôde ouvir adaptações para Escravos de Jó, Sambalelê e pout-porri de diversas cantigas natalinas. Os arranjos das músicas foram feitos pelo músico José Luiz Cabral, graduado pela Ufac.
“Um dos nossos objetivos é desmistificar o estudo de instrumentos eruditos de cordas como algo elitizado de difícil acesso. Por isso, construímos essa parceria com a Ufac, para fomentar essa acessibilidade a toda comunidade”, destaca Nágila Batista.
O desempenho dos artistas foi tão contagiante que a plateia se manisfestou em peso, aplaudindo e gritando: Mais um, mais um! A reação do público causou alegria nos artistas e irmãos João Pedro Azevedo e Paulo Asafe Azevedo, de 13 e 14 anos, respectivamente.
“Foi a nossa primeira apresentação em público. Estamos muito felizes. Agradecemos aos nossos professores, à Emac e à Ufac e principalmente ao nosso pai, Paulo Azevedo, nosso grande incentivador”, disse João Pedro.
O show tem que continuar
Após a apresentação do Coletivo de Cordas Friccionadas, houve a apresentação dos docentes da Escola de Música do Acre. O primeiro grupo foi composto pelos professores Luiz Moraes, violão; Denys Maquiné, contrabaixo; Dyonnatan Costa, percussão; e Mariana Ravena, voz.
Por fim, à noite foram encerradas pelo trio Tritonum, formado pelos professores Afonso Portela, voz e piano; Denilson Carneiro, voz e violão; e pelo supervisor de manutenções da Emac, João Gabriel Brito, que esteve na voz e percussões.
“Além de desenvolver o ensino musical, uma das nossas missões na gestão da Escola de Música é dar vez e voz para todos os artistas, construindo parcerias solidificadas, como é o caso dos trabalhos desenvolvidos com a Ufac”, destaca o coordenador-geral da Emac, Afonso Portela.
A Semana de Música no Acre é uma parceria do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (See), do Curso de Música da Ufac, do grupo Moças do Samba e da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB).
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Fonte agencia.ac.gov.br