Por Samuel Bryan
O presidente do Acreprevidência, Assis Filho, participou nesta quinta-feira, 25, do 2º Fórum de Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência dos Estados, realizado no Palácio Paiaguás, em Cuiabá (MT). O evento reuniu 24 representantes dos regimes próprios de previdência dos estados brasileiros para discutir os impactos financeiros decorrentes do julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) pelo Supremo Tribunal Federal, que questionam trechos da Reforma da Previdência instituída em 2019.
Durante o encontro, os gestores entregaram ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, um ofício destacando os riscos iminentes à sustentabilidade dos sistemas previdenciários estaduais. Mendes enfatizou a gravidade da situação, afirmando que a previdência do país já representa um déficit bilionário e que a possível revogação da reforma de 2019 pode agravar ainda mais o quadro.
Assis Filho, presidente do Acreprevidência, ressaltou a importância da participação do Acre no fórum. “Estamos aqui para mostrar que o Acre está comprometido com a busca por soluções sustentáveis para a previdência. A revogação da reforma de 2019 teria um impacto negativo nas finanças do nosso estado. Precisamos de um diálogo aberto com o STF para evitar um colapso do sistema, que afetaria diretamente nossos aposentados e pensionistas”, declarou.
O Acre, assim como outros estados, está preocupado com os possíveis efeitos negativos das ADIs. A reforma da previdência de 2019 foi um esforço conjunto para garantir a sustentabilidade financeira dos regimes próprios. “Se a reforma for revogada, o déficit previdenciário pode aumentar significativamente”, alertou Assis Filho.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, também destacou a importância de uma resposta coordenada dos estados. “Vamos entregar essa carta a todos os governadores e buscar uma audiência com os ministros do STF. Precisamos mostrar o risco iminente de colapsar um sistema crucial para o país”, afirmou Mendes.
O presidente do MT Prev, Elliton Oliveira de Souza, complementou que o estado de Mato Grosso conseguiu reduzir seu déficit financeiro anual de R$ 1,3 bilhão para R$ 400 milhões, após a reforma de 2019. “Trabalhamos muito para trazer equilíbrio financeiro e atuarial. Não podemos retroceder”, afirmou.
A participação do Acre no fórum é um passo significativo para a defesa dos interesses previdenciários do estado. A união dos gestores estaduais é fundamental para garantir que as reformas necessárias sejam mantidas, assegurando a sustentabilidade dos regimes próprios de previdência e, consequentemente, a estabilidade financeira dos estados.
Fonte agencia.ac.gov.br