Fábrica de óleos de Mâncio Lima exporta uma tonelada de óleo de buriti

Compartilhe
 Extração de óleos(Foto: Onofre Brito)
Extração de óleos(Foto: Onofre Brito)

A fábrica de extração de óleos montada pelo governo do estado em Mâncio Lima está produzindo uma tonelada de óleo de buriti para atender pedido de uma empresa do Estado do Pará. É a primeira grande encomenda: na próxima segunda-feira os primeiros 400 quilos já estarão sendo embarcados.

Enquanto isso, na fábrica e nos buritizais o trabalho é intenso para atender o pedido, pois s safra de buriti já está chegando ao fim. O buriti é colhido na floresta por quatro a cinco famílias. A cooperativa Cooperfrutas, criada para gerenciar a fábrica, paga aquantia de R$ 17,00 por saca de 50 quilos de buriti in natura, o que possibilita às famílias faturarem mais de R$ 200,00 por dia.

 Óleo de buriti(Foto: Onofre Brito)
Óleo de buriti(Foto: Onofre Brito)

No ano passado, a fábrica atendeu um primeiro pedido de 300 quilos de óleos e agora com este novo pedido, a tendência é a produção entrar numa escala sempre crescente. A convicção é de Manoel Bezerra membro da cooperativa e principal incentivador da produção de óleos no município.

Manoel Bezerra(Foto: Onofre Brito)
Manoel Bezerra(Foto: Onofre Brito)

Bezerra é um pioneiro na área. Nasceu no Ceará onde ainda criança aprendeu a extrair o óleo da oiticica para fazer sabão caseiro. Em 1984 chegou a Mâncio Lima onde começou a fazer sabão artesanalmente. Daí começou suas experiências, criando equipamentos e extraindo óleos de diversas plantas e aprimorando a fabricação de

sabonetes. Descoberto este trabalho pioneiro, a Secretaria de estado de Pequenos Negócios (SEPN) idealizou potencializar a extração de óleo da região o que resultou na construção da fábrica fortalecendo assim a economia solidária na região.

Potencialidade

 Buriti (Foto: Onofre Brito)
Buriti (Foto: Onofre Brito)

A produção de óleos em Mâncio Lima tem grande potencial. Especialmente três palmeiras são abundantes na região: açaí, buriti e patoá. Segundo Bezerra já existe uma encomenda de uma tonelada de óleo de açaí e existe grande interesse pelo óleo de patoá. Para o óleo de buriti a situação é ainda melhor: “Podemos produzir qualquer quantidade que o mercado absorve” garante Bezerra.