Por Dilma Tavares
Aprofundar conhecimentos para transmitir aos alunos e reforçar a contribuição com o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Acre. Assim a diretora de Ensino do Instituto de Educação Profissional e Tecnológica do Acre (Ieptec), Mara Lima, definiu a participação da equipe da instituição no 2º Encontro Nacional de Inovação e Empreendedorismo na Educação Profissional e Tecnológica (InovEPT), que começou nesta terça-feira, 7, em Brasília.
O encontro, que prossegue até a quinta-feira, 9, é promovido pelo Ministério da Educação e tem por objetivo debater direcionadores para a criação de um ecossistema de inovação na educação profissional e tecnológica, além de desafios, métodos e práticas relacionadas à inovação e ao empreendedorismo na área. Para isso, reúne gestores, lideranças e pesquisadores de vários estados do país.
Do Ieptec, também participam representantes dos centros de educação profissional e tecnológica (Cepts). “São as escolas que fazem as ações acontecerem na ponta”, lembrou Mara, frisando a importância da participação desses gestores no encontro e seus impactos positivos para o estado.
“É incentivar que eles comecem a empreender, tanto no sentido de criarem negócios e na vida, para que saibam se posicionar, em qualquer lugar que forem atuar, seja na vida profissional ou pessoal”, disse. Esse incentivo e aprendizado, afirmou a diretora, também se reflete em ganhos para o estado, “com desenvolvimento econômico, social e sustentável, porque a sustentabilidade também é um tema extremamente necessário”, lembrou.
O incentivo ao empreendedorismo tecnológico nas escolas de formação técnica foi destacado na abertura do evento, nesta terça-feira, por diversos participantes. Entre eles, o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, do Ministério da Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda, que defendeu especialmente foco nas empresas de base tecnológicas, como as startups.
“Nós queremos que a ciência, o conhecimento e a capacitação oferecida façam nascer milhares e milhares de empresas de base tecnológica para respondermos a tudo que precisamos”, disse, exemplificando oportunidades como ocorre na criação de equipamentos e medicamentos.
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Bregagnoli, incentivou os participantes a apresentar propostas práticas para o país, especialmente na área ambiental.
“Teremos o maior evento de mudança climática no ano que vem no Brasil, que vai sediar a COP30”, lembrou, encorajando propostas na área, abrangendo ações de pesquisa, desenvolvimento, inovação e empreendedorismo para a sociedade.
Oportunidade
Os representantes dos Cepts presentes ao encontro também destacaram a importância de absorver e repassar novos conhecimentos para os alunos.
“Hoje, por exemplo, estamos trabalhando teatro, música, cinema, rádio, televisão, artes plásticas e acessando muito as estratégias de ensino e aprendizagem a partir das tecnologias. E queremos ver o que há de novidades abrangendo a inovação, o empreendedorismo e a tecnologia nessa área, para levarmos para o Acre”, disse Simone Pessoa, coordenadora do Cept Usina de Arte, escola da área da cultura e das artes em Rio Branco.
A coordenadora-geral do Cept Campos Pereira, Susie Lamas, destacou especialmente a troca de experiências: “É importante, para que possamos fomentar o empreendedorismo dos nossos estudantes com um olhar tecnológico, para que possamos dar respostas mais rápidas às necessidades da sociedade”. E Adem Nagib, coordenador da área de aprendizagem da Escola Maria Moreira da Rocha, ressaltou a oportunidade para “potencializar o desenvolvimento das competências dos estudantes, principalmente na característica do empreendedorismo”.
Também participam do encontro Ricardo Veras, coordenador-geral do Cept Roberval Cardoso; Aires Pergentino, coordenador de Área Técnica da Escola Campos Pereira; Marineide Diógenes, coordenadora-geral da Escola de Gastronomia e Hospitalidade Miriam Assis Felício; e Weyder Oliveira, chefe do Departamento Pedagógico e Curricular do Ieptec.
Os debates no encontro se concentram em três eixos: iniciação tecnológica; pesquisa, desenvolvimento e inovação; e empreendedorismo de base tecnológica.