Por Tácita Muniz
Diminuir as diferenças e tornar o Acre um ambiente igualitário para todos tem sido uma das bandeiras do governador Gladson Camelí, que reúne esforços de toda a equipe governamental para tornar este cenário possível. Esse trabalho tem refletido em números, como revela a terceira versão do Painel do Relatório de Transparência Salarial, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, na última segunda-feira, 7.

O levantamento mostra que o Acre é o segundo do país com a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, atrás apenas de Pernambuco. O relatório revela que as menores desigualdades salariais do país estão em Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%), Piauí (10,04%), Ceará (10,21%) e Alagoas (11,08%).
Os dados do levantamento foram repassados pelas empresas pelo eSocial no ano passado e levam em consideração salário mediano de contratação e remuneração média.
Na remuneração média, as mulheres ganham R$ 2.214,05 enquanto os homens ganham R$ 2.456,24. Nesse cálculo são consideradas todas as remunerações e divididas pelo número de empregados.
Já o salário contratual mediano, que é o valor do salário em que todos os demais salários ou são maiores ou menores, podendo ser obtido para diferentes grupos, a diferença é entre R$ 1.460 para as mulheres e R$ 1.548,26 para os homens. A diferença nos dois cálculos entre os gêneros é de menos 10%.

Equidade
Ainda no mesmo tema, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o Centro de Liderança Pública (CLP) incluiu em seus levantamentos o indicador “Equilíbrio de Gênero na Remuneração Pública Estadual”. Nesse ranking, o Acre ficou em terceiro lugar, ou seja, está entre os três com mais equidade entre os salários, com uma nota de 95.64.
Segundo a Pnad, no quarto trimestre do ano passado, os homens ganhavam R$ 2.703 e as mulheres R$ 2.386. Ou seja, as mulheres ganham 88% do valor pago aos homens.

Vale destacar que o objetivo desse indicador é promover a equidade de gênero, e não favorecer um grupo em detrimento de outro. Por isso, os estados com menor diferença salarial – ou seja, mais próximas de “zero” – obtiveram melhores notas.
A secretária de Estado da Mulher no Acre, Márdhia El-Shawwa Pereira, vê esses indicadores como um reflexo de políticas públicas que foram reforçadas ainda mais com a criação da secretaria, que direciona e catalisa as ações para o fortalecimento da autonomia das mulheres e o combate à violência de gênero.
“Esses dados do governo federal refletem resultados de impacto ao trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2023. Em especial cito o Programa Impacta Mulher, que prepara as mulheres para o mercado de trabalho, por meio da formação profissionalizante. Com investimentos de mais de R$ 600 mil em 2024, alcançou 13 municípios e este ano chegará aos 22, sendo disponibilizadas 1.587 vagas”, destaca a titular da Semulher.

O Programa Impacta Mulher é promovido pela pasta com a finalidade de gerar um meio de renda às mulheres. A qualificação profissional é entendida como um importante passo para a independência financeira, o protagonismo feminino e, consequentemente, um dos mecanismos que rompem o ciclo da violência, que pode ser ocasionado e perpetuado, entre outros fatores, pela vulnerabilidade econômica.
“O governo do Acre se preocupa em distribuir de forma equânime seus cargos de confiança, sendo a igualdade de gênero um dos princípios da composição da equipe do governador Gladson Camelí. Recebo esse relatório como uma boa notícia e, principalmente, um sinal de que estamos no caminho certo e continuaremos trabalhando para oportunizar às mulheres mais condições de igualdade em todos âmbitos da sociedade acreana”, enfatiza.
O governador Gladson Camelí destaca que tem criado oportunidades para pessoas capacitadas, independente de gênero, mas reconhecendo a capacidade de cada um em sua área.
“Luto para diminuir as diferenças e reconhecer a capacidade de cada líder, independente do seu gênero. Temos homens e mulheres tecnicamente capacitados e que merecem ser reconhecidos. Acredito que o exemplo arrasta e inspira, então, já fomos reconhecidos por sermos um dos estados com mais mulheres em cargos de liderança pública, e agora os números mostram que caminhamos cada vez mais para uma sociedade igualitária que, claro, ainda precisa de progresso e ajustes, mas que já pode-se comemorar passos importantes, e vamos continuar trabalhando até chegarmos ao cenário ideal”, garante.
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Fonte agencia.ac.gov.br