O seminário REDD+ oportunidades para Rondônia e Amazônia teve início na manhã desta quarta-feira, 23, em Porto Velho, e encerra na próxima sexta-feira, 25. Fazem parte da comitiva acreana, a diretora-executiva da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), representando o secretário da pasta, doutora Vera Reis Brown, o presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), professor doutor Carlito Cavalcanti e a diretora-executiva do IMC e coordenadora executiva no Comitê Diretivo do GCF-TF (sigla em inglês para Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas) dos Estados da Amazônia Legal, Julie Messias, além da diretora técnica da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), Rosângela Benjamim e o assessor técnico da CDSA, Celso Nascimento.
Representantes de órgãos ambientais de todo o Brasil também participam do evento que discute a redução de gases de efeito estufa e as políticas para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Na ocasião foi lançada a plataforma AmazôniaAtiva, uma vitrine dos produtos da floresta, de cunho sustentável, que considera os ativos florestais e oportuniza a realização de negócios diretamente com o produtor.
Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) de Rondônia, Elias Rezende, o estado é pioneiro na concessão de floresta estadual para o crédito de carbono, como a Reserva Rio Preto Jacundá e as unidades do Parque Estadual de Guajará-Mirim e Rio Cautário, com projetos em licitação. “Esse evento é de suma importância para Rondônia pois mostra o quanto nós estamos interessados em coparticipar e levar para o restante do país uma ideia de desenvolvimento econômico, para uma região eminentemente agrícola como é a nossa, sem afetarmos o meio ambiente, a Política de Proteção Ambiental”, explicou Rezende.
Para a diretora-executiva da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), doutora Vera Reis Brown, Rondônia tem toda uma experiência para mostrar aos estados que estão iniciando agora como começar essa caminhada. “O Acre tem uma longa caminhada, um histórico que também pode ser exemplo e apoio aos outros estados para que possam avançar conosco. Participar do seminário é, acima de tudo, um processo de atualização e maior envolvimento para que possamos aperfeiçoar e avançar além do que já fomos até o momento”, disse.
O presidente do IMC, professor doutor Carlito Cavalcanti, explica que o seminário está centrado em todas as possibilidades que o mercado de carbono cria: “Nossa participação aqui se dá no sentido de que ver todo esse movimento e articular todas essas questões no nosso programa de agronegócio com baixas emissões e atrelar, também, os outros elementos fundamentais e estruturantes como regularização fundiária e todos os elementos que compõem um programa de desenvolvimento que devem estar presentes nessas discussões no âmbito do Acre”.
De acordo com a diretora-executiva do IMC e coordenadora executiva no Comitê Diretivo do GCF-TF, Julie Messias, nesse evento serão apresentados exemplos de REDD+ que vêm sendo implementados. “O Acre é um estado avançado no Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), por meio do Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA) ele vem aportando para os demais estados da Amazônia Legal esse arcabouço, essa forma legal para poder valorar os serviços ambientais. Rondônia está avançando com seu arcabouço e se preparando para implementar um programa de REDD+ Jurisdicional.
A programação contou com a participação de Maureen Lazaretti, presidente do Fórum de Secretários do Meio Ambiente da Amazônia Legal do GCF-TF e secretária de Meio Ambiente do Mato Grosso: “É uma oportunidade de mostrar ao Brasil e ao mundo a realidade da Amazônia, as dificuldades, mas também o empreendedorismo das pessoas que vivem na região. Nosso objetivo é manter a floresta em pé, mas garantir que a população que vive na Amazônia consiga sobreviver e o REDD+ é um importante instrumento para que isso aconteça”.
Sobre REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal)
REDD+ é um incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados de Redução de Emissões de gases de efeito estufa provenientes do Desmatamento e da Degradação florestal, considerando o papel da conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (+).
Por: Melissa Jares